segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A GERAÇÃO “Y” e “Z” - DESAFÍO PARA A IGREJA NOS TEMPOS PÓS-MODERNO

A GERAÇÃO “Y” e “Z” - DESAFÍO PARA A IGREJA NOS TEMPOS PÓS-MODERNO

O mundo está mudando!

Essa é a frase que mais ouvimos das pessoas em nossos dias, dos mais diferentes níveis socioeconômico, cultural e profissional. Todos concordam que este mundo em que vivemos não é mais o mesmo dos nossos avós e pais, e não será o mesmo no futuro, para os nossos filhos.

A rapidez com que as mudanças acontecem é impressionante. O que presenciamos hoje nos diversos segmentos da sociedade, sejam eles cultural, político, econômico, social, financeiro, informatização, etc, estão atuando juntos para desencadear uma série de outras mudanças, que afetarão as nossas vidas hoje, dos nossos filhos no futuro e da sociedade como um todo.

Um exemplo clássico deste processo de mudança é a velocidade com que as informações circulam, com o avanço da tecnologia e o advento da internet, provocando um alto índice no aperfeiçoamento das comunicações.

Com a chegada dos celulares, palmtops, laptops, vídeo games, MP3, já se fala em MP12, entre outros, O volume de informações que uma criança recebe atualmente é impressionantemente dez vezes maiores que as crianças nascidas a 20 ou 30 anos atrás. Isto está provocando uma verdadeira revolução na pedagogia, sendo necessário a revisão de todos os processos e os metodologias educacionais, a fim de adequar a escola e o ensino aos novos tempos e as novas gerações.

O Jornal Zero Hora1, entrevistou a antropóloga e pesquisadora Noemi Paymal2, especialista na área de educação alternativa. Entre as perguntas que foram feitas a ela, destaco as seguintes:

Há uma nova geração de alunos? Sim, principalmente formada pelas crianças que nasceram a partir do ano 2000, que somam atualmente em torno de 80% dos alunos.

Em que ele se deferência dos estudantes de 20 anos trás? As crianças de hoje tem características fáceis de serem observadas. As crianças de hoje se autodesenvolvem, possuem capacidades multilaterais (podem ver os diferentes aspectos de uma mesma coisa), e multidimensionais (podem acessar vários níveis de consciência simultaneamente) e podem ao mesmo tempo fazer a tarefa de casa, falar ao telefone, jogar videogame, assistir TV, e prestar atenção nas conversas que estão acontecendo ao lado.

Este auto-desenvolvimento de funções multidimensionais das crianças, citado pela antropóloga são comprovados pela simples observação no comportamento das novas gerações. Estamos assistindo sim uma evolução nas novas gerações, com capacidades intelectuais, motoras e auditivas cada vez maiores. Esta evolução tem gerado em muitos pais dificuldades de compreender e perceber em seus filhos suas mudanças, comportamentos e atitudes.

É possível comprovar esta evolução intelectual, olhando para as descobertas nos campos científicos. A cada ano, diversas novas vacinas são descobertas para doenças que no passado foram catastróficas, dizimando milhares de pessoas.

Mapeamos o genoma humano, estamos clonando animais, vegetais; no campo da informática a cada período de seis meses é lançado novos produtos no mercado muito superiores aos atuais. Uma verdadeira explosão e revolução no conhecimento estão em andamento. Avançamos nos últimos 10 ou 20 anos o que no passado levamos 100 anos para descobrir.

Atualmente o grande desafio de especialistas em educação, políticos, professores, instituições cristãs e pais, é descobrir como continuar cumprindo seu papel nesta nova geração que parece “nascer plugada” e desafia todos os modelos tradicionais de educação.

No âmbito da educação secular fala-se em “...repensar desde a maneira de se relacionar com os alunos até a geografia da sala de aula.”3 Isso porque o modelo de ensino atual obedece os “...padrões dos séculos 18 e 19, segundo o professor e pesquisador Adriano Nogueira.”

Segundo matéria publicada pelo Jornal Zero de 22 de fevereiro de 2010, Caderno Especial, página 4, sociólogos chamam, esta nova geração de crianças e jovens que estão nos bancos escolares atuais de geração “Y” os nascidos depois de 1980, que tem como característica uma inquietação permanente, alimentada pela crescente velocidade das redes sócias.

Mas, as mudanças não param por ai. Entre os sociólogos, já se identifica uma outra geração, a “Z”, que segundo o pedagogo e conferencista Hamilton Werneck, seriam os nascidos depois de 1994. Segundo descreve Hamilton “A geração “Z” é uma espécie de geração “Y” mais turbinada, está muito mais conectada no cyberespaço, e a escola está ficando para trás.”

Esta geração é ávida por aprender, lêem de tudo, estão conectados 24 horas com as mudanças dos meios de comunicação; entretanto sofrem com a dispersão e falta de concentração, quase sempre começa alguma atividade e não a terminam.
--------------------
RESPONDA A ENQUETE DANDO A SUA OPINIÃO
Como a igreja evangélica deve lidar com esta nova geração? Quais os espaços que ela precisa ou deseja nas igrejas hoje? Qual a atitude que a igreja deveria adotar para abrir espaço para os jovens e adolescentes de hoje?