segunda-feira, 3 de setembro de 2012

VENCENDO O MAU HÁBITO DE JULGAR


                                    Vencendo o mau hábito de julgar

     Havia um juiz numa pequena cidade que era constantemente perturbado pela zombaria caluniosa e linguagem suja usada por um advogado. Em vez de acabar com o advogado adversário e fazê-lo calar-se, o juiz apenas sorria e mantinha a sua postura de dignidade. O seu comportamento paciente era estranhado pelas pessoas ao seu redor.

     Numa certa reunião, durante um jantar, alguém lhe perguntou por que ele não fazia algo contra aquele advogado convencido. O juiz abaixou o seu garfo e, descansando o queixo nas mãos, disse: “Na nossa cidade há uma viúva que tem um cachorro. Sempre que há lua cheia, o cachorro late, e late a noite toda”.

     Então o juiz voltou a comer em silêncio. Alguém perguntou o que tinha o cachorro e a lua a ver com tudo aquilo. O juiz respondeu: “Bem, o que conta não é o quanto o cachorro late, mas que a lua simplesmente continua a brilhar”.

     Não há outro desvio da natureza humana que seja ao mesmo tempo tão comum e pleno de malignidade que a calúnia. É muito comum encontrar quem já foi alvo dessa crueldade. Quanto dano irreparável tem sido causado pessoas inocentes por causa dessa prática irrefletida!

     Não é de estranhar que o próprio Deus, prescreveu: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, ou seja, não caluniarás (Ex 20.16). É interessante que entre os pecados que Deus mais aborrece e abomina, estão “a testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.19).


     Esse é um mau hábito tão insidioso, que a nossa reação natural é devolver o mal com mal. No entanto, isso apenas nos nivelaria por baixo com o caluniador. É necessário, portanto, seguir o exemplo de Cristo, que não revidava, mesmo quando era maltratado e caluniado e levado para a cruz. Seguindo esse exemplo, Paulo ensinou: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). Como a lua, precisamos continuar brilhando. Continue brilhando. Não ceda a provocação!

(PR. Eliseu da Cunha – Adaptado)